Novamente o tema é Fórmula 1.

Finalmente o inglês Jason Button não pontua nesta temporada. E mais, assim como Lewis Hamilton em 2007 e 2008, Button começa a sentir o peso de ter um carro extremamente competitivo, de andar sempre na frente e manter a boa performance no decorrer do campeonato. Parece que os ingleses não constumam se consultar muito com psicólogos. Talvez deveriam ir mais vezes.

Rubens Barrichello está se mostrando muito mais constante. Há pelo menos 4 corridas ele larga e anda na frente de Jenson. Tudo bem que neste último GP ele teve um problema que já aconteceu em pelos menos três corridas neste ano. Não consegue largar, e com isso, perde pelo menos quatro segundos e quando finalmente larga, todos os carros já passaram por ele. Mas nesta corrida a mudança de estratégia foi fundamental para um sofrido sétimo lugar. Mesmo com o carro quase pegando fogo ele conseguiu tirar mais dois pontos do inglês que lidera o campeonato e deixar o seu chefe, Ross Brawn, com o pouco de cabelo que ainda resta de pé e com a pulga atrás da orelha. Quem o ex-ferrarista irá priorizar nesta reta final do campeonato? O inglês que não consegue se manter na pista quando está na frente no campeonato, ou um piloto que já teve muitas conquistas na categoria, mas está com a faca nos dentes e louco para ser campeão mundial? Deixa esta para ele resolver e vamos torcer para que ele escolha o experiente e motivado Rubinho.

A corrida de ontem teve ainda muitas surpresas. Quem diria que a Force India conseguiria ter um carro conpetitivo nesta temporada? É, eles conseguiram. Giancarlo Fisichella não deixou Kimi Raikkonen sossegado. Era décimo por décimo, uma bela disputa pela primeira posição. Eu imagino que se o Fisichella ficasse pelo menos uma volta na pista no segundo pit-stop, ele voltaria na frente do Kimi e ganharia a corrida. Mas eles entraram juntos nos boxes e daí, com a Ferrari usando o KERS, não teve jeito.

Bom para o Haikkonen, que agora ocupa a quinta colocação no campeonato com 34 pontos e alegra a sua torcida. Hoje mesmo recebi uma mensagem de um de seus torcedores dizendo que o "Kimi voltou".

Muita cautela, Kimi. Hoje o Felipe Massa passa por exames com o especialista que cuidou do Cristiano Da Matta e quem sabe, com muito otimismo, ele já volte a correr na próxima corrida, em Monza, casa da Ferrari.

Vamos esperar e torcer pelos Brazucas.

Rubinho Barrichello, do Brasil!

Foi difícil, posso dizer até que demorado, mas Rubens Barrichello fez o que as pessoas que torcem por ele esperavam, venceu uma corrida pela Brawn GP.

Quando faltavam aproximadamente 9 voltas, recebi uma ligação de um amigo dizendo: "tudo pode acontecer!". Liguei para o meu pai e ouvi um discurso mais otimista dizendo que faltavam apenas 5 voltas, era difícil de perder. Só comentei sobre a relação Rubinho x Motor, e o meu pai disse: "É, eles não se dão muito bem!".

A cada metro e a cada frase mais empolgada de Galvão Bueno parecia que algum pneu iria estourar ou o motor quebrar, como aconteceu com Felipe Massa no GP da Hungria de 2008, quando faltando apenas 3 voltas o motor do seu carro estourou.

A pista não parecia ter fim, que pista grande!

Mas Rubinho Barrichello guiou como nunca. Melhor até que nos tempos de Ferrari. Melhor que no GP Brasil de 2004, quando eu estava na arquibancada da reta oposta, torcendo igual a um louco por ele.

Rubinho Barrichello, o piloto que demonstra ter o melhor coração dentre todos os pilotos de Fórmula 1. E isso é recompensado, pois não lembro de ver um piloto chegando nos boxes depois de uma vitória e ter tanta gente, mesmo que de outras equipes, aplaudindo, empolgados e com um sorriso de gratificação.

Vai Rubinho, pois você tem muito ainda o que proporcionar aos seus torcedores.