quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Jogo de equipe?


A Fórmula 1 mostrou ao mundo todo que ainda é um esporte capaz de ser disputado sem ultrapassagens manipuladas. Apesar da Ferrari colocar na cabeça dos amantes do esporte que o jeito mais fácil de ser campeão é apontar um primeiro piloto, Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull, afirmou que em sua equipe isso não aconteceria, a não ser em um caso extremo. Caso Vettel liderasse, Mark Webber estivesse em segundo e Alonso em terceiro, combinação que daria o título ao Espanhol, Mateschitz deixaria o chefe da equipe Christian Horner, que inclusive aprova a prática da ultrapassagem manipulada dar a ordem para Webber ultrapassar Sebastian Vettel.

Para a Ferrari bastou chegar na 11º etapa para eles aperalem e colocar seu “primeiro piloto” na dianteira, mesmo Felipe Massa ainda tendo grandes chances de ser campeão.
Quando a Red Bull deixou Vettel vencer em Interlagos a ideologia da Ferrari dizia que eles estavam loucos, que o ideal seria deixar Webber ultrapassar, pois assim seu piloto chegaria na frente de Alonso em Abu Dhabi na briga pelo campeonato. Se a Red Bull tivesse a mesma ideologia da Ferrari, com os pontos conquistados na última etapa Alonso seria o campeão, pois ultrapassaria Mark Webber e Vettel não chegaria nos pontos do ferrarista.

Nesta temporada o esporte é o grande campeão. A Red Bull é a grande campeã.

O frustrado Fernando Alonso reclamou de Petrov depois da prova. O russo ficou na sua frente depois de se aproveitar de um Safety Car no começo da corrida e impediu que o espanhol chegasse ao menos em quarto colocado, posição que daria a ele o título. Alonso, que arrumou confusão na McLaren com Lewis Hamilton e participou do episódio de Cingapura, acabando com a carreira de Nelsinho Piquet, pensa que só porque a sua equipe manda Felipe Massa abrir para ele passar, Bernie Ecclestone passaria um rádio para Petrov e o piloto da Renault encostaria o carro. Alonso é um grande piloto, é dedicado, é veloz, mas não é um bom perdedor.

Michael Schumacher, sete vezes campeão da categoria e o primeiro alemão a chegar no topo da competição demonstrou em cada pole position de Vettel um certo orgulho de ver aquele garoto se tornando um grande vencedor. Em 2008, ainda na Toro Rosso, quando venceu a primeira corrida na carreira, no momento em que tocou o hino alemão e logo depois o italiano, Vettel repetiu os gestos de maestro que Schumacher fez tantas vezes em suas inúmeras vitórias.

Sebastian Vettel chegou com uma grande sede de vitória.

Sebastian Vettel é o grande campeão.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Semana de motores roncando

A semana que passou foi de muito barulho na cidade de São Paulo. Não só pelos motores que roncaram no 26º Salão do Automóvel e na etapa brasileira do Campeonato Mundial de Fórmula 1, mas também pelo grande número de turistas que visitou nossa cidade para acompanhar o ronco destes motores.

Na sexta-feira (05) fui conferir os dois eventos. Acompanhado de Rodrigo Saboia, um amigo da agência, assisti à segunda sessão de treinos livres da Fórmula 1 de dentro do setor Vip da Globo e vi as RBRs voarem no circuito de Interlagos. Vimos também Felipe Massa, com o quinto tempo do dia, abandonar seu carro na reta oposta do autódromo. Foi a melhor classificação dele no final de semana, pois no dia seguinte fez apenas o nono tempo na classificação para a prova. Com uma volta em 1:17.101 deixou a desejar frente à incrível volta do "estreante de pole positions" Nico Hulkenberg, que cravou 1:14.470 e entrou no grupo dos pilotos que largaram na frente em provas de Fórmula 1. Na corrida Felipe foi pior ainda. Depois de um erro da Ferrari – que não apertou a porca da roda dianteira direita do carro do brasileito – Massa acabou a corrida em 15º, exatamente atrás do brasileito melhor colocado no GP Rubens Barrichello, que cruzou a linha de chegada na 14º posição, depois de ter largado em 6º. Bruno Senna completou a prova em 22º lugar e Lucas Di Grassi em 23º. Não foi uma boa corrida para os brasileiros, mas uma grande prova neste circuito que é muito admirado pelos pilotos de todas as nacionalidades.

Depois de assistir ao segundo treino de sexta, partimos para o Anhembi - partimos é força de expressão, pois ficamos 3 horas parados no trânsito das marginais Pinheiros e Tietê - para conferir as novidades do Salão do Automóvel. Motores potentes e designers modernos ditaram a edição deste ano do evento que foi encerrado no domingo (07).

Todos os estandes estavam abarrotados de gente, em especial o da Ferrari. Mas o que chamou atenção nesta edição foi a exposição de duas Lotus pilotadas pelo tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna. Uma amarela que Senna venceu pela primeira vez no ano de 1987 no Principado de Mônaco e a outra, a famosa Lotus preta, usada por Senna no ano de 1986.

Com estes dois eventos acontecendo simultâneamente a cidade de São Paulo mostrou mais uma vez que, embora parada com o trânsito caótico de todos os dias, ainda pode ser considerada a cidade brasileira da velocidade.